PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO

Igreja Paroquial

Templo de arquitectura barroca do século XVIII. O interior é composto por nave e capela-mor mais estreita, com coberturas em madeira em falsa abóbada de berço em caixotões. Interior com coro-alto e púlpito quadrangular. Retábulo-mor é de talha policromada dourada de estilo rococó, os retábulos colaterais são também do mesmo estilo mas encimados por anjos e coroa. Torre sineira de dois registos. Localiza-se nos Largos de S. Domingos e Três de Agosto em Fontelo.

A Igreja Paroquial de Fontelo, sob invocação de São Domingos de Gusmão, deve ser muito anterior ao seu culto.

O último restauro de 2005 pôs a descoberto um conjunto de sinais que nos dão a possibilidade de afirmar que o presente templo tem as suas bases num edifício bastante primitivo, sem adornos de paredes sólidas, de pedra miúda, com portal românico e copeiras laterais, para arrumos e possíveis armários, e um nicho.

Situada no primitivo lugar de Fontelo dá sinais que foi ampliada, passando a porta principal para o gosto renascentista e possível campanário lateral deu lugar a uma torre sineira, encosta a igreja, portanto construída posteriormente na referida ampliação.

Com o movimento do renascimento, na última fase, e ouro do Brasil ficou sujeita a valorização artística com as características de “rocócó”.

Ostenta hoje talha dourada limpa no último restauro, no Altar-mor com quatro colunas salomónicas; vinte e um calchotões no tecto Ábside; arco triunfal riquíssimo com altares laterais revestido a talha e setenta calchotões no tecto da nave, pintados com figuras de santos.

Levantando o soalho de madeira apareceu pedras tumulares sinal de que foi igreja funerária. No restauro do chão apareceram ossadas.

A devoção a São Domingos encontra-se bem patente pois apresenta-se-nos aí na figura quatro imagens, dando-nos cada uma delas uma faceta do santo.

Posteriormente foram metidos nas paredes do corpo da igreja os altares do Coração de Jesus e das almas, e na capela-mor nichos laterais a condizer com a talha.

CAPELAS

Capela de São Domingos

Situa-se no Monte de S. Domingos, um dos locais mais bonitos da região, pela magnífica paisagem que dali se pode contemplar.
A referência mais antiga de que se tem conhecimento a S. Domingos data de 1163. Edificada sobre um rochedo granítico que o povo considera como uma pedra propiciatória e favorável à fertilidade, tradição que existe desde o primitivo culto romano da deusa da fecundidade, assim existe a Lenda da Fertilidade.
Capela de arquitectura gótica-manuelina de transição com traços românicos. Planta rectangular de 3 naves. Exemplar típico das ermidas de romarias medievais, destaca-se o portal em ogiva e encimado pelo escudo das quinas sobre o qual assenta a coroa real. A porta lateral exibe tímpano românico próprio da arquitectura medieval.
Sofreu obras de restauro nos anos de 1982 e 1983.

A Capela de São Domingos, construção românica com sua cachorrada arcaica e uma porta lateral em «arco de volta plena e tímpano adornado de motivos geométricos singelos». Sem embargo, o pórtico principal e o interior acusam uma restauração no gótico. O pórtico, «de gosto naturalístico, dominantemente fitomórfico». É constituído por duas arquivoltas assentes sobre uma espécie de pilastras e «levemente ogivadas, com capitéis desprovidos de ábacos e impostas». Os capitéis são «carregados de motivos vegetais um pouco apagados pela acção contínua dos agentes atmosféricos permanentemente reinantes em local tão desabrido. Acompanhando externamente a moldura lisa de arquivoltas, encurva-se outro arco, mal revelado sobre a silharia lisa da fachada, no qual se alinham folhas de caprichoso recorte; «sucessão destas folhas esta interrompida no fastígio, onde, sobre o imbricado dos arcos externos, se apoia o escudo das quinas, encimado de coroa usada pelos monarcas afonsinos». Internamente, nada há de notável além de um largo arco em ogiva, adornado de motivos zoo - fitomórficos.

A tradição diz que a esta ermida vieram em romagem os reis D. Afonso V e D. João II, com as suas rainhas. A visita de D. João II e de D. Leonor é absolutamente histórica e aqui vieram os soberanos implorar a sucessão ao orago. Por isso, ficou famosa a «pedra de fecundidade», situada no lado esquerdo da capela, ao pé da porta da sacristia. Voltaram de novo, em agradecimento, já com o príncipe D. Afonso (1438). E diz-se que D.João II mandou restaurar a capela de São Domingos e pôs o seu escudo em cima da porta principal da capela

Este fragão serviu, durante séculos, de ara de leito nupcial a casais estéreis que sobre ele iam depor suas oblatas e copular, toca a colocar-lhe em cima um templo consagrado a um qualquer taumaturgo de nome Domingos, ao qual foram adjudicados poderes celestiais para remediar a esterilidade conjugal, fosse qual fosse a sua proveniência. O milagroso fragão é designado pelos eruditos como – pedra propiciatória.

Padroeiro da paróquia de fontelo, São Domingos de Gusmão nasceu em 1170 e morreu em 1221.

Veste o hábito preto e branco da ordem e usa os simbolos iconográfico tais como um cão preto e um livro e uma flor de Lis... A referencia mais antiga que se conhece de São Domingos é de 1163.

Capela da Senhora dos Remédios

A Capela da Sr.ª dos Remédios (capela funerária), ostenta duas portas romano-góticas. Recentemente restaurada, fica junto ao cemitério e foi instituída pelo comendador Frei António de Sousa Montenegro. Fachada principal orientada a Oeste, ao centro portal em arco quebrado apoiado em colunelos de bases e capitéis facetados, ensimado por pedras de armas dos Gouveias, rematada emempena de angular de cruz de topo.

No seu interior, ressalta o conjunto escultórico da arquitectura funerária manuelina que adorna há parede: arcossólio temular ou arca sepulcral em rocha calcária, assenta sobre quatro cabeças de leão esculpidas no mesmo material. Na parede Este, retábulo de molduras rococó com tábuas pintadas com temática hagiográfica de carácter popular, a enquadrar a imagem de vulto da nossa Sr.ª com o menino. Em 2001, após a retirada do retábulo, para proceder ao seu restauro, ficou a descoberto uma pintura moral, provavelmente do século XVII. Esta, ocupa a parte central da parede fundeira da capela, com coincidindo com o mesmo espaço ocupado pelo retábulo. Encontram-se representadas três figuras religiosas, na parte central, provavelmente a imagem da nossa Sr.ª dos Remédios; ao seu lado esquerdo, provavelmente São João Evangelista: e a do seu lado oposto São João Batista. As figuras apresentam-se razoavelmente perceptíveis, com tudo, torna-se difícil de dizer certeza quem representam, dada há falta dos elementos iconográficos necessários para a sua identificação. A única, em que se poderá ter certeza, é a figura de São João Batista, dada há presença de três elementos iconográficos que normalmente são identificativos desta figura, (a cruz; a pele de um animal e túnica em pele até ao joelhos).

Trata-se de uma pintura ingénua, cujas figuras se apresentam, anatomicamente desproporcionadas (cabeças demasiado pequenas de corpos volumosos) e cuja paleta cromática é bastante reduzida (azul, vermelho…). Cobertura em tecto de madeira. O templo manteve-se durante muito tempo em ruínas que causaram danos no altar e seu retábulo seiscentistas.

Edificada no século XII, de arquitectura gótica, manuelina e maneirista, composta por nave e capela-mor mais estreita. No interior, retábulo de talha em branco, maneirista.
Foi sofrendo ao longo dos séculos modificações como se pode verificar nos portais. Na actualidade serve de capela mortuária. Localiza-se no Lugar da Comenda.

Capela de Nossa Senhora do Cedro

Alpendrada, fica fora da povoação e é também muito antiga.

Onde tem quatro colunas originais em granito que sustentam a galilé.

Fica situada no extremo da povoação de Fontelo com a Freguesia de aldeias

Mandada construir no século XVII, de arquitectura vernácula e rococó. Capela de planta simples com alpendre; no interior o retábulo-mor de talha dourada e policromada de estilo rococó. No adro existem várias estelas funerárias. Situa-se no Lugar do Vale.

Capela de Santa Marinha

Encontra-se localizada na povoação
de Balteiro.

Capela de Santa Catarina

Situa-se no Monte de S. Domingos.

ALMINHAS

- Alminhas de Nossa Senhora do Alívio

CRUZEIROS

- Na entrada de S. Domingos (1)
- Monte de S. Domingos (3)

Pelourinho

Situa-se junto à sede da Junta de Freguesia. Fragmento de pelourinho de arquitectura jurisdicional manuelina.
Classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 23122, DG 231 de 11 de Outubro de 1933.

CHAFARIZES

- Chafariz de Fontelo;
- Chafariz de Comenda.

CASAS SENHORIAIS

- Solar dos Gouveias
- Casa do Paço, junto à Estrada Nacional, em Fontelo
- Quinta da Casa Nova, em Balteiro