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LENDA
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LENDA DA FERTILIDADE

«D. Afonso V deve ter visitado a ermida, na companhia da rainha D. Isabel em 1454, aquando da sua ida para a batalha do Toro. Também o seu filho D. João II e sua mulher D. Leonor terão feito o mesmo anos mais tarde. O motivo da visita deste último era o de pedir a intervenção divina para que lhe fosse concedido um sucessor. Voltaram a S. Domingos uma segunda vez em finais de 1483, já com o seu filho varão, o príncipe D. Afonso, nascido a 18 de Maio de 1475.
De facto, casais que procurassem ter filhos e tivessem dificuldades em consegui-lo dormiam ao relento sobre a “pedra propiciatória”, ou “fraga da fertilidade”, que ainda hoje se pode ver junto da porta da sacristia da ermida.»

Quando por aqui passaram as hostes romanas de Trajano que acamparam no Castro de S. Domingos, um chefe militar ou lugar-tenente raptou, à passagem por Queimada, uma linda rapariga por quem se apaixonou. Procurou convencê-la a segui-lo para o acampamento. Renitente, acabou por ir à força. A moça tinha sete irmãos que tentaram, em vão, defender a honra da rapariga. Presos, foram degolados. Um deles, segundo a lenda, terá sido o primitivo S. Domingos em honra do qual foi erguida a ermida, no alto do monte do mesmo nome que na altura pertencia ao termo de Queimada, e de onde se avistam os restantes seis irmãos, todos santos e cada um com a sua ermida, aquém e além Douro, como é o caso de S. Leonardo de Galafura.

FRAGA DA FERTILIDADE

     

     D. Afonso V, terá visitado a ermida na companhia de sua esposa Dona Isabel em 1454, e terão dormido ao relento sobre uma fraga situada junto á capela de S. Domingos e ficaram crentes que tal facto lhes proporcionou a fecundação de um filho que à longo tempo esperavam, viria a nascer, D.João.

     Mais tarde D. João casou-se com D. Leonor e tambem não conseguiam ter filhos, D. Afonso V falou da ermida e da fraga a seu filho.

    D. João e D. Leonor deslocaram-se a S. Domingos procurando ajuda divina para que lhes fosse concedido um sucessor, repetiu-se o ritual  e com igual resultado. 

     Voltaram a S. Domingos uma segunda vez em finais de 1483, já com o seu filho varão, o príncipe D. Afonso, nascido a 18 de Maio de 1475.  Desde então é atribuído a S. Domingos e particularmente á fraga, poderes de procriação.

    Diz-se que D. João como agradecimento, mandou restaurar a capela e reproduzir sobre a porta principal o seu escudo.

"A  MINA"
 
A meio da serra existe uma profunda fenda, num descomunal penedo, a que chamam “a Mina”. Segundo o que ouvi contar na minha infância, no fundo dela, deixados pelos mouros, estão três grandes potes, o primeiro cheio de mosquitos, o seguinte atulhado de peste e o último a abarrotar de ouro, para ter acesso a este, é necessário afrontar o mortal conteúdo dos que o precedem; claro está que nunca ninguém o conseguiu até agora. Verifiquei na minha juventude, em conjunto com alguns amigos,  que na extremidade da “Mina” não havia qualquer vestígio de seguimento. É provável que tenha sido nela que teve origem a lenda da existência duma galeria subterrânea ligando o monte de S. Domingos ao rio Varosa, para defesa dos primitivos povos que por ali paravam. Sobre esta “Mina”, acrescentou a imaginação popular a versão que ouvi em rapaz, a qual dizia que ela liga directamente os altares da capela de S. Domingos e o da igreja de Nossa Senhora dos Remédios em Lamego.
 
 
 
 
 


DEFESA DE HONRA